24/11/2019
Ser assertivo não é tarefa fácil, mas podemos desenvolver essa habilidade.
Dizer o que sente e pedir o que precisa. Parece tão simples, mas é altamente desafiador.
Tenho investido horas treinando líderes e profissionais para que consigam expressar de forma integrada, não violenta, aquilo que pensam. No senso comum muitas pessoas associam a comunicação e o comportamento assertivo àquela ideia da #ProntoFalei. Mas, definitivamente, assertividade não é isso!
Para compreender o que é assertividade, precisamos falar sobre os quatro comportamentos básicos existentes no processo de comunicação:
Comportamento Passivo: daquelas pessoas que não expressam o que pensam. Se estão contrariadas ou se sentem que algum direito seu não está sendo cumprido, silenciam-se em passividade.
Comportamento Passivo Agressivo: daqueles sujeitos mais comuns em nossa cultura. Reclamam, esbravejam, criticam para todos em volta, menos para a pessoa que pode resolver o problema. Muitas vezes sentem que não podem expressar seus pensamentos e sentimentos, pois têm medo das consequências ou não se sentem capazes de fazê-lo. Ao invés de edificar, destroem. A fofoca é também um derivado deste comportamento de comunicação.
Comportamento Agressivo: de quem exige os seus direitos, mas rebaixando o outro. Frequentemente humilham, explodem. Muitas vezes têm razão no conteúdo, mas erram na forma de expressá-lo. Geram ódio e frustração das pessoas com as quais convivem.
Comportamento Assertivo: o ideal, das pessoas que sentem-se capazes de agir em seus próprios interesses, se afirmar sem ansiedade indevida, expressar sentimentos sinceros sem constrangimento, ou exercitar seus próprios direitos sem negar os alheios.
A assertividade dá trabalho, pois exige o desenvolvimento de uma habilidade que se aperfeiçoa ao longo da vida toda. É altamente desafiador ser assertivo quando a situação remete à injustiça ou quando se é desrespeitado. Mas também são as situações em que mais aprendemos. E a verdade é que quando conseguimos ser assertivos, sem usar de violência na comunicação, a sensação posterior é de grande alívio.
Em resumo, para ser assertivo é preciso aprender a:
Expressar seus sentimentos;
Expressar suas crenças e pensamentos de forma aberta, dando voz à sua opinião e discordâncias;
Levantar-se por seus direitos, não permitindo que outros abusem ou tirem vantagem de você.
Tudo isso temperado com empatia e a escuta ativa, pois também será preciso acolher a perspectiva do outro.
O livro Comunicação Não Violenta, de Marshall Rosenberg, pode te inspirar nesse desenvolvimento.
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