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O que é cultura?

O que é cultura?

04/11/2008

Por Luciana Gazzoni, 2008

Do ponto de vista etimológico, a palavra cultura é uma transposição ao português do termo latino cultura, substantivo derivado do verbo colere, o que significa “trabalhar a terra” e que remete ao campo da produção humana. Na antiguidade latina, o termo também estava ligado à idéia de desenvolvimento de certas faculdades do espírito, como na expressão cultura mentis (cultivo da mente) usada por Cícero para referir-se à filosofia.
O pensamento iluminista do século XVIII passou a utilizar o termo cultura para expressar a idéia de certo refinamento do espírito, como resultado do desenvolvimento de certas qualidades pessoais valorizadas em certos meios sociais (pessoa culta), também fruto da produção humana.
A partir da segunda metade do século XIX surgem novos campos de conhecimento (sociologia, antropologia, etc) e o termo cultura passa a ser usado para designar o conjunto de bens materiais e/ou espirituais dos povos (artes, mitos, tradições, organizações sociais). Paralelamente, o termo cultura e civilização aparecem como sinônimos nos primeiros trabalhos antropológicos do século XIX.
Há uma diversidade de conceitos sobre o termo cultura, mas há um único consenso: do conceito de cultura estão excluídos os aspectos do ser humano que são inatos ou determinados pela genética.
Utilizaremos como referência para este trabalho, os conceitos do termo por Levi Strauss e Ralph Linton (1959):
“Cultura é um conjunto complexo que inclui conhecimento, crença, arte, moral, lei, costumes e várias outras aptidões e hábitos adquiridos pelo homem como membro de uma sociedade.” Levi Strauss (1959)
“A cultura de qualquer sociedade consiste na soma total e organização de idéias, reações emocionais condicionadas e padrões de comportamento habitual que seus membros adquirem pela instrução ou pela imitação de que todos, em maior ou menor grau, participam” Ralph Linton (1953)
Segundo Talcot Parsons (1969), a cultura consiste em sistemas de símbolos pautados ou ordenados que orientam a ação. Por um sistema de internalização, tornam-se parte integrante das personalidades dos atores sociais individuais. Por se tratar de referências de interação social, precisam ser suficientemente genéricas e estáveis. Esse sistema de símbolos forma a tradição cultural.
Podemos concluir que embora a cultura tenha sua origem na capacidade mental do homem, não é um processo individual, mas coletivo.

A CULTURA E OS SÍMBOLOS
Segundo Mello (1987), a cultura subjetiva, ou não manifesta, é o conjunto de valores, conhecimentos, crença e aptidões.
A cultura objetiva, ou manifesta, são os hábitos, idéias, comportamentos, artefatos, objetos de arte, em suma todo conjunto da obra humana. É a que fornece padrões individuais de comportamento.
A cultura real é aquilo que as pessoas concretamente fazem na sua vida cotidiana e social. Cultura ideal é o conjunto de comportamento que as pessoas dizem e acreditam que deveriam ter.
Os símbolos são fenômenos físicos, tal qual um objeto, artefato ou seqüência de sons, que tem um significado transmitido por aquele que o utiliza.
Tanto a cultura subjetiva quanto a objetiva são um conjunto de significados sistematizados, transmitido necessariamente através de símbolos e sinais. Portanto, a característica básica da cultura é seu caráter simbólico. É essa propriedade da cultura que permite que ela seja transmitida e seja social.
Pode-se subdividir a cultura em quatro produtos básicos:
Produções artísticas;
Instituições sociais nas quais as idéias, valores, normas concretizam-se em formas materiais de organização das relações sociais e dos comportamentos;
Tradições (mitos, lendas, ritos e costumes) nas quais as significações se concretizam em formas materiais de expressão;
Sistemas de idéias (sistemas mitológicos, filosóficos, religiosos, jurídicos, científicos, etc).

Cada membro da sociedade tem suas tarefas e seus interesses dentro da cultura. Cada grupo alimenta seus interesses e tem tarefas a cumprir dentro do conjunto cultural. Assim se formam os padrões regionais de cultura conforme as situações próprias e as suas necessidades particulares. Por Luciana Gazzoni, 2008

Do ponto de vista etimológico, a palavra cultura é uma transposição ao português do termo latino cultura, substantivo derivado do verbo colere, o que significa “trabalhar a terra” e que remete ao campo da produção humana. Na antiguidade latina, o termo também estava ligado à idéia de desenvolvimento de certas faculdades do espírito, como na expressão cultura mentis (cultivo da mente) usada por Cícero para referir-se à filosofia.
O pensamento iluminista do século XVIII passou a utilizar o termo cultura para expressar a idéia de certo refinamento do espírito, como resultado do desenvolvimento de certas qualidades pessoais valorizadas em certos meios sociais (pessoa culta), também fruto da produção humana.
A partir da segunda metade do século XIX surgem novos campos de conhecimento (sociologia, antropologia, etc) e o termo cultura passa a ser usado para designar o conjunto de bens materiais e/ou espirituais dos povos (artes, mitos, tradições, organizações sociais). Paralelamente, o termo cultura e civilização aparecem como sinônimos nos primeiros trabalhos antropológicos do século XIX.
Há uma diversidade de conceitos sobre o termo cultura, mas há um único consenso: do conceito de cultura estão excluídos os aspectos do ser humano que são inatos ou determinados pela genética.
Utilizaremos como referência para este trabalho, os conceitos do termo por Levi Strauss e Ralph Linton (1959):
“Cultura é um conjunto complexo que inclui conhecimento, crença, arte, moral, lei, costumes e várias outras aptidões e hábitos adquiridos pelo homem como membro de uma sociedade.” Levi Strauss (1959)
“A cultura de qualquer sociedade consiste na soma total e organização de idéias, reações emocionais condicionadas e padrões de comportamento habitual que seus membros adquirem pela instrução ou pela imitação de que todos, em maior ou menor grau, participam” Ralph Linton (1953)
Segundo Talcot Parsons (1969), a cultura consiste em sistemas de símbolos pautados ou ordenados que orientam a ação. Por um sistema de internalização, tornam-se parte integrante das personalidades dos atores sociais individuais. Por se tratar de referências de interação social, precisam ser suficientemente genéricas e estáveis. Esse sistema de símbolos forma a tradição cultural.
Podemos concluir que embora a cultura tenha sua origem na capacidade mental do homem, não é um processo individual, mas coletivo.

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