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Liderando com Inteligência Emocional

Liderando com Inteligência Emocional

03/10/2017

Por Luciana Gazzoni- Consultora, Interculturalista e palestante em Desenvolvimento Humano e Organizacional (DHO). Administradora especialista em Gestão de Pessoas e Liderança

Agosto/2017

 

Há décadas ouvimos falar sobre inteligência emocional. Geralmente dizemos que alguém não a tem quando percebemos rompantes emocionais, ou quando o indivíduo não consegue controlar seus impulsos, seja na fala ou em comportamentos explosivos. Mas você sabe o que realmente é a inteligência emocional?

Para começar, precisamos compreender que Inteligência é um termo muito mais amplo do que o senso comum nos diz. Segundo Howard Gardner, temos nove tipos de inteligência:  espacial, lógico matemática, naturalista, musical, existencial, corporal sinestésica, intrapessoal, interpessoal e linguística.  As duas primeiras inteligências estão associadas ao que chamamos de QI e as três últimas ao QE (quoeficiente de inteligência emocional). Segundo Gardner (1990), inteligência é “habilidade para resolver problemas ou criar produtos que são significativos em um ou mais ambientes culturais”.

A inteligência emocional vem sendo estudada com maior aprofundamento desde a década de 70.  As pesquisas sobre o assunto continuam avançando e hoje são beneficiadas pela neurociência. Entende-se que há  cinco grandes dimensões, divididas em subcompetências. Vamos compreender como estas grandes dimensões impactam no papel do líder.  Considere que alguém com inteligência emocional consegue demonstrar as competências abaixo em momentos de pico de stress!

1 . Autopercepção:
Como líderes, precisamos conhecer nossas forças e vulnerabilidades. É terrível quando o líder não tem autopercepção e não consegue notar o impacto que pode causar em seu time. Também é preciso saber como as emoções afetam seus pensamentos e sentimentos. Para aumentar o domínio próprio, antes de mais nada você precisa entender o que acontece dentro de você. Saber olhar para dentro, conectar-se com seus sonhos, metas significativas; buscar evoluir de forma contínua. Pessoas que têm esta força interior fazem acontecer tudo aquilo que acreditam. Um bom filme para visualizar essa competência é “À Procura da Felicidade”.
 

2. Autoexpressão
Uma competência essencial em um líder. A autoexpressão é a habilidade de comunicar sentimentos, pensamentos e crenças que podem inspirar e influenciar pessoas de forma impactante. Por outro lado, líderes que têm esta competência pouco desenvolvida podem ser reconhecidos como agressivos ou até assediadores. Muitas vezes estes líderes não conseguem verbalizar suas preocupações e emoções de forma saudável. A autoexpressão, portanto, está então relacionada a dizer o que precisa ser dito sem convidar o outro a sentir-se mal. Um bom filme para visualizar essa competência é “Erin Brockovich - Uma Mulher de Talento”.


3. Interpessoal
Líderes inspiradores costumam ter esta competência bem desenvolvida. São pessoas que, de forma empática, percebem as necessidades do outro e com base nisso constroem e mantêm relacionamentos baseados em confiança. Quando o líder tem esta competência pouco desenvolvida, fica isolado em sua área, não compreende a importância da formação de alianças e não consegue perceber as nuances emocionais do seu grupo. Um bom filme para visualizar essa competência é  “Patch Adams: o amor é contagioso”.

 

4. Tomada de decisão
Nesta dimensão, os líderes competentes conseguem manter a objetividade sem que suas emoções bloqueiem a capacidade de raciocínio. Buscam soluções para problemas em situações onde as emoções estão envolvidas e resistem ao impulso em prol de um benefício maior no médio e longo prazo. Um líder que ainda precisa se desenvolver neste quesito pode sentir-se paralisado para tomar decisões críticas e ter dificuldade para controlar suas emoções naturais, com rompantes agressivos e até mesmo crises de choro perante um problema. Um bom filme para visualizar essa competência é “Sully: O Herói do Rio Hudson”.
 

5. Gestão do stress
Nesta última dimensão, vemos a capacidade de mudança do líder e sua habilidade para adaptar-se a novas realidades. Esta competência é tão relevante que é considerada fator chave para muitos processos de sucessão. Líderes que conseguem gerenciar o stress buscam significados e metas que ajudam a passar por “tempos de escuridão”. Um exemplo: um líder que, em meio a uma fusão/aquisição, consegue ver propósito pessoal de aprendizado enquanto inspira pessoas do seu grupo a persistirem. Estes líderes resistem a muito stress e encontram formas de descomprimir e gerenciar as situações de maneira positiva. Um bom filme para visualizar essa competência é “O Núcleo”.

 

O investimento no desenvolvimento dessas competências rende frutos na sua vida profissional e privada. Há diversas pesquisas que mostram a associação do desenvolvimento dessas competências com a realização pessoal. Se você é um líder, um passo essencial para a sua jornada é investir no desenvolvimento. Lembre-se que você também impacta a vida de outras pessoas. A caminhada pode ser mais longa ou mais curta, cada pessoa tem seu tempo. A boa notícia é que não há limite de idade para desenvolvê-las.

 

Referências:

A empresa norte Americana MHS (https://www.mhs.com/) desenvolveu a ferramenta EQI 2.0 em parceria com Peter Salovey, precursor da Inteligência Emocional (IE). Esta ferramenta mede as competências e habilidades associadas à IE. A Light Up Desenvolvimento possui essa ferramenta como parte do portfólio de assessments.

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